top of page
Buscar

IA generativa e o fim das produtoras de vídeo?

Primeiramente as informações que posto aqui, são opiniões minhas, da minha vivência do mercado publicitário desde 2001. Nossa quanta coisa mudou nesses 24 anos. Desde a chegada da arte para a produção do material via CD-ROM, o locutor indo na produtora gravar o áudio, ah e a capitação de imagens em BETACAM no mega formato 720x480 pixels...rsrsr é já foram muitas mais mudanças...nossa e como hoje tudo acontece mais rápido, levávamos 3 dias para produzir um VT de cartela. Demorado né! Bom voltando a IA, sim ela vai trazer muita mudança no cotidiano das produtoras e até mesmo acabar sim com algumas demandas, mas na minha opinião não será o fim, mas um recomeço.

imagem: Envato Elements
imagem: Envato Elements

A cada nova tecnologia, surgem previsões sobre o fim de profissões, empresas e até indústrias inteiras. Com a ascensão da inteligência artificial generativa, especialmente em áreas criativas como o vídeo, é natural que surjam dúvidas e até receios sobre o futuro das produtoras. Mas, olhando para trás, quantas vezes não ouvimos que algo seria extinto? E no entanto, o que ocorreu, na maior parte das vezes, foi uma transformação profunda dos processos.

A IA generativa chega como uma ferramenta poderosa, capaz de criar imagens, roteiros, trilhas sonoras e até vídeos inteiros a partir de comandos textuais. É fascinante observar como, em minutos, algo que antes exigia equipes, equipamentos e dias de trabalho, pode ser prototipado ou até finalizado por uma máquina. Isso, sem dúvida, ameaça tarefas repetitivas e demandas padronizadas, aquelas em que criatividade e sensibilidade humana perdem espaço para a eficiência do algoritmo.

Por outro lado, nunca vimos tanto conteúdo sendo produzido e consumido. O papel da produtora, que antes estava restrito à execução técnica, agora pode se expandir em direção à curadoria, à direção criativa, ao storytelling genuíno. As produtoras que entenderem o potencial dessas novas ferramentas poderão se concentrar na criação de ideias originais, na orquestração dos talentos humanos e digitais, e na entrega de experiências únicas.

Há espaço para todos? Provavelmente não como antes. Assim como a chegada da edição digital aposentou algumas funções manuais, a IA irá enxugar processos, mas também abrirá portas para novos formatos de produção, para narrativas interativas e personalizados, para atender a públicos cada vez mais segmentados.

O recomeço, portanto, é para quem estiver disposto a aprender, experimentar e se reinventar. A inteligência artificial não é o fim das produtoras de vídeo—é o início de um novo capítulo, onde a criatividade humana será potencializada, não substituída. Adaptar-se será essencial, mas o olhar único de quem entende a alma da comunicação continuará a ser indispensável, independentemente das ferramentas disponíveis.


Opinião por Leandro Prado(Xuxa)

 
 
 

Comentários


bottom of page